Os gêneros Diário e Relato
Pessoal – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental
Gênero textual |
Relato pessoal (Prof. Anderson)
https://www.youtube.com/watch?v=4EicAsnNGQg
GÊNERO TEXTUAL:
Diário (Profa. Suely)
https://www.youtube.com/watch?v=j_MPpQRRlM8
Como fazer um
diário para desenvolvimento pessoal
O gênero textual ‘diário’
Os gêneros textuais são as estruturas utilizadas na composição de textos
orais ou escritos, sendo ligados à sua funcionalidade, ao seu uso. Todos os
textos têm como objetivo o estabelecimento de algum tipo de comunicação e
possuem algumas características que permitem a sua classificação em determinado
gênero textual.
O diário e as suas características
O diário é um gênero textual escrito em linguagem informal, sempre
registra a data e, geralmente, tem o próprio escritor como destinatário.
Normalmente é utilizado para apontar os acontecimentos importantes do dia a
dia, com o objetivo de guardar as lembranças e desabafar.
No gênero textual abordado há
o registro de ideias e opiniões sobre a realidade que cerca o escritor, com a
expressão de sentimentos.
Dentre as características
deste gênero estão:
·
A expressividade informal;
·
Caráter subjetivo;
·
Há a presença de referentes afetivos e cognitivos;
·
Sinceridade do emissor;
·
Pode ser escrito em longos ou curtos períodos;
·
As páginas costumam ser datadas;
·
Pode ser real ou fictício;
·
Pode conter ou não assinatura pessoal;
·
Linguagem empregada na 1ª pessoa, com verbos no pretérito
perfeito;
·
Pode ou não ser dirigido a alguém;
·
Pode ou não se tornar público.
O diário pessoal e o diário fictício
Diário pessoal
O diário pessoal é composto
por relatos íntimos que devem ser lido apenas pelo (a) próprio (a) autor (a).
Apresenta uma linguagem simples, coloquial e familiar, sem preocupações
literárias.
Diário de ficção
Trata-se de uma obra literária
com o formato de anotações pessoais, na qual o (a) autor (a) registra as suas
emoções e vivências cotidianas.
A estrutura de um diário
Vocativo
Geralmente é iniciado com “Meu
querido diário”, uma vez que não é escrito para uma pessoa específica.
Data
A data é parte essencial de um
diário.
Desenvolvimento
É a parte na qual as
informações serão detalhadamente registradas.
Assinatura
Para finalizar, há a presença
da assinatura, que serve para evidenciar o (a) autor (a) do texto.
Exemplo de diário
“Domingo, 14 de junho de 1942
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no
meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi
comprado, e com isso eu não contava.)
Na sexta-feira, 12 de junho,
acordei às seis horas, o que não é de espantar; afinal, era meu aniversário.
Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha
curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até
a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em
minhas pernas.”
(O Diário de
Anne Frank)
Relato pessoal
O relato
pessoal é um gênero textual com função de documentar memórias ou
vivências de um indivíduo ou até de um grupo. Esse gênero é muito presente nos ambientes escolares, mas
também em editoriais de literatura, páginas de internet e até mesmo no
cotidiano, pelo compartilhamento de experiências diárias. O gênero possui
tempo, espaço, personagens, e narrador não ficcional, e sua estrutura divide-se
em: título, introdução, desenvolvimento, conclusão.
Características e estrutura de um relato pessoal
O relato pessoal se assemelha a uma narração não
ficcional, pois conta
histórias verídicas de um sujeito, além de conter elementos
comuns entre os tipos textuais, como personagem, tempo e espaço. Entretanto,
uma diferença básica entre eles é que, segundo alguns autores, o relato, além
de não possuir narradores fictícios, como é possível na literatura, foca-se na documentação histórica e
não na construção estética/artística.
A natureza desse gênero é subjetiva, visto que, comumente, ele é narrado em 1ª pessoa do singular ou plural,
expressando as experiências vividas pelo próprio narrador-personagem. As
experiências são escolhidas com base na relevância que possuem, ou seja, há uma
seleção criteriosa do que será compartilhado no relato, de modo que o conteúdo
não se torne excessivo e, consequentemente, pouco funcional.
Sendo assim, pode-se afirmar que um bom relato pessoal propõe-se
a documentar, com veracidade, uma sequência de fatos da realidade de alguém.
Por debruçar-se em experiências que já ocorreram, o texto apresenta os verbos no passado, indicando que tais fatos
já aconteceram. A linguagem do relato será adaptada ao público com o qual ele
será compartilhado, desse modo, um público infantil pode exigir uma linguagem
mais simples e acessível, já para um público mais adulto, pode-se exigir uma
linguagem mais complexa e formal.
Além dessas características, outros tópicos compõem a estrutura do
relato pessoal:
·
Título: o relato pessoal
possui título, e ele deve apresentar uma estratégia de impacto, algo que chame
a atenção do leitor, que instigue a sua curiosidade e convença-o a tentar a
leitura.
·
Introdução: primeiros
parágrafos do texto, dedicados a apresentarem e contextualizarem o
narrador-personagem e a situação inicial da sequência de fatos.
·
Desenvolvimento: parágrafos
centrais dedicados a relatar os fatos da sequência apresentada.
·
Conclusão: encerramento da
apresentação de fatos, reflexão sobre as experiências, conclusões após as
vivências, mudanças ou outros tipos de desfechos para tudo apresentado durante
o relato
Como escrever um relato pessoal?
Para
escrever seu próprio relato pessoal, é necessário refletir e escolher o recorte da linha do tempo que
será contado, ou seja, o período de tempo abordado, e o público para o qual o
relato será compartilhado, afinal, esse público influenciará no uso da
linguagem e na escolha dos fatos que serão contados.
Feitas as escolhas iniciais, comece seu texto com um título que consiga representar o relato e,
ao mesmo tempo, instigar o público a ler o texto. Em seguida, no corpo do texto, inicie com a
introdução, apresentando a si e ao contexto no qual o relato se insere,
especificamente no ponto inicial da linha do tempo.
No desenvolvimento, compartilhe os fatos escolhidos para o
relato, acrescentando os detalhes
subjetivos da experiência sempre que relevantes
ao texto e ao público. Por fim, na conclusão, retome os tópicos desenvolvidos e
apresente suas conclusões, mudanças e reflexões a respeito do que foi
vivenciado.
Exemplos de relato pessoal
Como mencionado, o relato pessoal é muito utilizado nos livros
didáticos, mas também há outros gêneros que o exploram, como:
·
Editoriais literários:
comumente apresentam sequência de fatos vividos por escritores.
·
Livros de memórias:
obras que se dedicam a apresentar vivências de um sujeito ao longo de um tempo.
·
Folhetos:
curtos textos de divulgação popular que podem apresentar as experiências de
vida de um sujeito por um breve período.
·
Prefácios
e posfácios de obras: curtos textos presentes no início ou
final de livros e que costumam apresentar relatos de experiências do autor ou
do processo de pesquisa e escrita da obra.
·
Sites
dos autores: páginas da web que costumam apresentar, entre os tópicos,
curtos relatos sobre a vida do autor.
·
Blogs:
páginas da web que, quando pertencentes a um sujeito individual, costumam
apresentar diferentes postagens com relatos de experiências.
Em todos esses casos, o relato pessoal é utilizado como um
veículo de compartilhar, com determinado público, experiências vividas na
realidade e que geraram reflexões no autor, que compartilha suas impressões
subjetivas sobre todo o processo.
Relato oral e relato escrito
O relato
pessoal oral é aquele em que se compartilha experiências pela fala,
não pela escrita. Esse é um gênero muito presente em diferentes atividades
cotidianas ou profissionais. Na maioria desses casos, utiliza-se a modalidade
oral de relato, que significa dizer que, no lugar da escrita, a fala é que vai
veicular o comunicado. Nesse caso, é comum que se apresentem algumas variações,
tendo-se em vista que o
locutor pode interagir com o público, acrescentar
explicações e detalhes para dúvidas, entre outras ações pertinentes ao diálogo
oral, mas não ao escrito.
O relato pessoal escrito, por sua vez, apesar de possuir a mesma
função, apresenta diferenças na composição e apresentação do texto, tendo-se em
vista o tamanho do texto, a quantidade de páginas, as diferenças entre ler e
ouvir, as necessidades textuais de coesão e coerência na escrita, a falta de
interação etc. Assim, o relato escrito apresenta uma estrutura mais fixa e
estrategicamente seguida para alcançar os objetivos.
ESCOLA:
PROFESSOR: Marcos Arakaki
DISCIPLINA: PORTUGUÊS
ESTUDANTE/ NOME:
SÉRIE:
Atividade no Google Form: https://forms.gle/imUoCZ5nMZgbftcX6
PORTUGUÊS – DIÁRIO E RELATO PESSOAL
Exercício 1 - Sobre gênero textual do diário, é correto afirmar:
a) Classe gramatical que expressa ações e acontecimentos, estados ou fenômenos naturais, de acordo com o sujeito que executa o verbo e com o tempo em que a ação foi executada.
b) é um gênero textual escrito em linguagem informal, sempre registra a data e, geralmente, tem o próprio escritor como destinatário. Normalmente é utilizado para apontar os acontecimentos importantes do dia a dia, com o objetivo de guardar as lembranças e desabafar...
c) Classe de palavra que vem antes do substantivo, indicando se ele é determinado ou indeterminado.
Exercício 2 - Sobre gênero textual do relato pessoal, é correto afirmar:
a) é um gênero textual escrito em linguagem informal, sempre registra a data e, geralmente, tem o próprio escritor como destinatário. Normalmente é utilizado para apontar os acontecimentos importantes do dia a dia, com o objetivo de guardar as lembranças e desabafar...
b) Classe de palavra que vem antes do substantivo, indicando se ele é determinado ou indeterminado.
c) é um gênero textual com função de documentar memórias ou vivências de um indivíduo ou até de um grupo. Esse gênero é muito presente nos ambientes escolares, mas também em editoriais de literatura, páginas de internet e até mesmo no cotidiano, pelo compartilhamento de experiências diárias. O gênero possui tempo, espaço, personagens, e narrador não ficcional, e sua estrutura divide-se em: título, introdução, desenvolvimento, conclusão.
Exercício 3 – Quais podem ser considerados estruturas de um diário?
a) Presente, Futuro e Passado.
b) Vocativo, data,.desenvolvimento e assinatura
c) Café, pão e queijo
Exercício 4 – Escreva um pequeno exemplo de diário ou relato pessoal de um dia no seu cotidiano ou de um acontecimento memorável.
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